Neste feriado de 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, o Eixão do Lazer virou palco de um ato político-cultural organizado pela Central Única dos Trabalhadores do Distrito Federal (CUT-DF) em conjunto com outras sete centrais sindicais. A manifestação começou às 10h, na altura da 106 Sul, e teve como pautas principais a defesa de direitos, democracia e melhores condições de vida para a classe trabalhadora. Nesta edição, a pauta do ato tem como destaque a redução da jornada de trabalho sem redução salarial, o fim da escala 6×1, a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, a queda da taxa básica de juros e o fortalecimento dos serviços públicos.
Com uma programação que mistura reivindicação e confraternização, o evento contou com apresentações culturais, brinquedos para as crianças, food trucks e diversas atividades abertas ao público. Segundo os organizadores, a escolha do local foi feita para facilitar o acesso dos participantes, com transporte público gratuito (metrô e ônibus) durante o feriado e amplo estacionamento nas proximidades, como o do Cine Brasília.
Segundo o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues, o 1º de Maio é parte de uma agenda nacional de mobilização. No último dia 29, as centrais sindicais promoveram em Brasília a Marcha da Classe Trabalhadora, que reuniu caravanas sindicais de diversas partes do país. Durante a mobilização, foi entregue uma pauta unificada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso.
Para o dirigente sindical, a proposta de redução da jornada sem corte nos salários é essencial para a geração de empregos, o aumento da produtividade e a valorização da vida dos trabalhadores. “A gente não pode viver só para trabalhar. É preciso garantir tempo para o descanso, para a família, para os estudos, para o lazer. A luta por direitos está diretamente ligada à construção de uma vida mais digna e completa”, afirmou ao Correio.
Rodrigues também ressaltou a importância do engajamento dos trabalhadores no evento, que segundo ele, busca promover a conscientização política ao mesmo tempo em que oferece espaços de convívio e cultura. “O 1º de Maio é um feriado nacional e precisa ser aproveitado também como um momento de lazer. Por isso, organizamos uma atividade que une mobilização e confraternização. Estaremos ao lado dos movimentos sociais, dialogando com os trabalhadores e trabalhadoras sobre os desafios e as lutas que ainda temos pela frente”, completou.
Por Davi Cruz do Correio Braziliense
Foto: Davi Cruz / Reprodução Correio Braziliense