“Está no momento de afastar a ideologia”, diz Ibaneis sobre reajuste das polícias

A medida prevê um impacto de R$ 2,3 bilhões na economia local. A proposta do governo é que o aumento seja incorporado em duas parcelas, inicialmente em 2025 e a segunda em 2026.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, assinou hoje, uma proposta de reajuste salarial para as forças de segurança pública do Distrito Federal. Durante evento na Praça do Buriti, o chefe do executivo local afirmou que enviará, ainda hoje, ao Congresso, o documento, que prevê equiparação de salário entre a Polícia Civil e Federal, além do aumento no salário de policiais militares e bombeiros. Ele anunciou a decisão na última sexta-feira (14/2).

“Acho que está no momento de afastar a ideologia. Eu tenho muito pouco dessa questão ideológica, gosto de fazer política com resultado. Vai meu pedido muito especial ao presidente Lula e aos parlamentares da esquerda. Acho que não teremos problemas com os parlamentares do DF nesse trabalho de convencimento para que o presidente possa encaminhar o mais rápido possível essa mensagem ao Congresso Nacional”, disse Ibaneis, que afirmou que os prazos devem ser definidos pelo Governo Federal. 

O dinheiro do reajuste virá do Fundo Constitucional do DF (FCDF). A medida prevê um impacto de R$ 2,3 bilhões na economia local, conforme estimativa do secretário de Economia, Ney Ferraz. A proposta do governo é que o aumento seja incorporado em duas parcelas, inicialmente em 2025 e a segunda em 2026. “É um valor alto, mas que será absorvido tanto pelo que já temos no Fundo Constitucional, quanto no que teremos com projeções para o ano que vem”, disse Ibaneis. 

“Desde o início, a minha orientação foi que fossem colocadas todas as forças de segurança no mesmo patamar. Isso foi difícil porque cada corporação tem uma formulação de remuneração diferenciada, mas conseguimos chegar a uma proposta que atendesse às três forças”, disse Ibaneis. “Estamos fazendo uma proposta organizada, que não vai atingir as outras áreas. Iremos manter os investimentos na educação, na saúde, na infraestrutura e na questão social”, completou.

Por Bruna Pauxis do Correio Braziliense

Foto: Ed Alves / Reprodução Correio Braziliense