Iniciada na Secretaria de Saúde (SES-DF) desde 2016, a metodologia de Planificação de Atenção à Saúde traz benefícios aos usuários da rede. O método busca integrar a Atenção Primária e a Secundária (especializada), organizando fluxos e facilitando o acesso aos serviços de saúde, reunindo-os em um só lugar.
Já instaurada nas regiões de Saúde Centro-Sul e Leste, a ampliação da metodologia a outras localidades foi tópico de reunião no Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), nesta segunda-feira (18).
Responsável pela Atenção Primária no Conass e coordenadora nacional do Projeto de Planificação, Maria José Evangelista explica que a integração evita buscas incessantes a serviços de saúde. “Vamos organizar e integrar os processos de modo que o usuário não fique batalhando por sua necessidade”, assegurou.
De acordo com a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, o trabalho da planificação pretende ainda redefinir toda a relação interpessoal no ambiente profissional. “Há de se considerar que entregar um protocolo, um fluxo e um normativo é muito simples. Mas, mudar as relações profissionais e conscientizá-los acerca da função um do outro, é mais complicado”, avaliou durante o encontro.
Assistência integral
A planificação no âmbito da SES-DF começou pela Região Leste, que engloba Paranoá, São Sebastião, Itapoã e Jardins Mangueiral. O processo tomou como ponto de partida a linha de cuidado de diabetes e hipertensão, avançando para a área materno-infantil.
O Centro de Atenção a Diabetes e Hipertensão (CADH) é um dos resultados da integração. O local atende o usuário em sua totalidade. “O paciente já chega no centro com a classificação de alto risco. Portanto, no ambulatório, ele recebe atendimento de todas as especialidades: endocrinologista, cardiologista, farmacêutico, entre outros”, explicou o chefe da Política Nacional de Humanização do DF, Rodrigo Valim.
Já na Região Centro-Sul, a planificação resultou no Centro Especializado em Diabetes, Hipertensão e Insuficiência Cardíaca (Cedhic). Desde 2019, o trabalho foi direcionado a personalizar e otimizar o atendimento de pacientes crônicos, em específico os diabéticos e cardíacos. Houve, então, a reorganização do território, dos processos, das ferramentas de gestão do cuidado e dos mecanismos.
“Começamos um processo do zero na adequação da Atenção Primária e acompanhamos todos os detalhes, como a estrutura física (tamanho ideal, número de consultórios, categorias necessárias). Hoje, percebemos que a região evoluiu de uma forma diferenciada conforme os indicadores do Previne Brasil”, explicou o coordenador nacional do PlanificaSUS (Sistema Único de Saúde), Márcio Paresque.
Porta de entrada
A porta de para os serviços no CADH e no Cedhic, por exemplo, é a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência, que realiza o agendamento conforme a necessidade. Nos centros, os usuários passam por triagem e são atendidos por uma equipe multidisciplinar. Com a planificação, tanto a Atenção Primária quanto a especializada compartilham informações, oferecendo um tratamento personalizado e completo.
*Com informações da SES-DF
Por Agência Brasília
Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF / Reprodução Agência Brasília