Para observar o eclipse anular solar parcial, o Clube de Astronomia de Brasília realizou uma observação na Praça do Cruzeiro, aberta para todo o público. Para observar o fenômeno, em torno de 800 óculos especiais foram distribuídos no evento, neste sábado (14).
O que acontece no eclipse anular solar, é que a lua não tapa completamente o disco do sol. É visto um círculo de fogo, que em Brasília pode ser observado parcialmente.
A próxima chance de ver o eclipse parcial em Brasília, será no dia 6 de Fevereiro de 2027. E o próximo eclipse total no DF será em 25 de Julho de 2158, daqui a 100 anos.
O presidente do Clube de Astronomia, Mateus Félix, afirma que o clube costuma realizar alguns eventos em praças públicas do DF. Para a observação do eclipse, o clube se juntou com o Planetário de Brasília e com a Secretaria de Ciência, Inovação e Tecnologia, para distribuir óculos especiais para que as pessoas observassem o fenômeno de maneira correta.
O evento ainda contou com a exposição de três telescópios com filtros apropriados para poder fazer essa observação. “A observação solar como um todo envolve alguns riscos, porque o sol é muito nocivo”, destaca. Quando a pessoa faz uso do equipamento certo como lunetas e telescópios, a luz dele vai ser amplificada dentro do olho. “Talvez você tenha visto aquela brincadeira de pegar uma lente e colocar em cima de um papel, e fazer queimar. Isso é o que aconteceria dentro do seu olho, se não tivesse os filtros que podem diminuir a intensidade dessa luz do sol, e que bloqueiam parte da radiação ultravioleta e infravermelho”.

Segundo Mateus, todo ano ocorre pelo menos um eclipse solar, porém ele não acontece no mesmo local. Em abril ocorreu um eclipse solar total, que foi visto na Austrália. O CASB foi em expedição para lá. “A Praça do Cruzeiro de certa forma é um local privilegiado por ser o ponto mais alto do Plano Piloto. E o clube vem fazendo no local, as observações noturnas do céu, ao longo do ano”, conta. Em abril de 2024 o eclipse solar total vai ser visto dos Estados Unidos, Canadá e México. Segundo o diretor do Planetário de Brasília, Júnior Berbert, o Planetário também estava aberto no sábado para que as pessoas aproveitassem para visitar. Ele não imaginava que tantas pessoas viessem. “Não sabia que estaria nessa quantidade toda e ainda mais debaixo desse sol, nesse calor”.
A distribuição dos óculos acabou por volta das 15h. Daniel Coelho, 39 anos, massoterapeuta, e Taylane Moraes Lima, 29, estudante, conseguiram uma doação de um óculos no evento, e também estavam emprestando para quem pedisse. Taylane disse que quando o último eclipse solar total aconteceu em Brasília, ela tinha acabado de nascer. Mas eles dois gostam muito dessas coisas, na última feira da lua astronômica, Taylane compareceu. “Eles trazem os telescópios e a gente pode olhar a lua e alguns planetas”.
Bruno Castelo Branco, 34 anos, servidor público, acompanha a ordem dos eclipses e já estava a alguns anos de olho no que aconteceu agora. Inclusive, o eclipse que aconteceu em abril, ele acompanhou de casa. “Estou sempre de olho”. Ele e a parceira Sura Santos estavam emprestando os óculos que fizeram em casa para as pessoas e famílias que não conseguiram pegar um óculos com a CASB. “A gente pegou na internet as recomendações de qual equipamento é seguro para ver o eclipse”. Eles seguiram o inquérito recomendado, e compraram a lente de solda 14. “Nos disseram para colocar uma proteção em volta para não olhar para o sol diretamente”. No Plano já tinha esgotado essa lente específica, e ele conseguiu achar em Taguatinga.
Por Amanda Karolyne do Jornal de Brasília
Foto: Amanda Karolyne / Reprodução Jornal de Brasília