Homem mata companheira e acaba morto pela PMDF

Quando a polícia chegou, ele teria resistido à abordagem e enfrentado os militares. Em seguida, a PMDF disparou contra o agressor

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Já são 25 vítimas de feminicídio no Distrito Federal apenas neste ano. O mais recente caso aconteceu na noite de ontem (24), na Estrutural, quando um homem de 35 anos matou sua companheira, de 50, dentro de casa. A mulher apresentava ferimentos na face e o homem segurava uma faca quando foi encontrado, por isso, a suspeita é de que ela tenha sido esfaqueada.

Quando a Polícia Militar chegou ao local, tentou adentrar a residência junto com os bombeiros para tentar salvar a vítima, porém, o homem tentou impedir a entrada dos agentes. De acordo com a Polícia Militar (PMDF), ele estava alterado no momento da abordagem, e informou aos policiais que tinha liberado o registro de gás da residência.

Foi tentada uma negociação, sem sucesso. E depois de uma tentativa de resistência, a PMDF acabou disparando para conter o agressor.

Porém, quando os bombeiros acharam a vítima, ela já estava em parada cardiorrespiratória. Foram realizadas as manobras, mas ela não resistiu. Já o agressor foi levado ao Hospital de Base, mas também morreu.

De acordo com os vizinhos, o casal estava em um relacionamento há pelo menos um ano, mas era conturbado, e ela já teria registrado ocorrências de violência doméstica contra ele.

O caso foi registrado como feminicídio na Delegacia Especial de Atendimento a Mulher (Deam) I, na Asa Sul, em Brasília.

O último feminicídio registrado no DF foi na semana passada. No dia 16 deste mês, Anariel Rosa Dias foi morta com golpes de foice por seu companheiro em Ceilândia. Ele já tinha passagens na polícia pela Lei Maria da Penha e a vítima já havia feito um pedido de medida protetiva.

Casos de feminicídio

Em todo o ano de 2022, de acordo com relatório divulgado pelo Governo do Distrito Federal (GDF), foram registrados 18 casos de feminicídio e dois de homicídio com qualificadora de feminicídio na fase processual, totalizando 20 casos.

Agosto foi o mês com mais casos registrados, quatro. Da totalidade de vítimas, 11 tinham filhos, e 33 crianças ficaram órfãs – sendo 27 menores de idade.

Por Camila Bairros do Jornal de Brasília

Foto: Reprodução/TV Globo / Reprodução Jornal de Brasília