Espaço Saúde do Estudante oferece atendimentos de oftalmologia e fonoaudiologia

Espaço, na Asa Sul, também promove programas de saúde mental e enfermagem escolar, tudo oferecido gratuitamente, e recebe diariamente dezenas de alunos da rede pública de ensino do DF

Dois anos após a reinauguração, o Espaço Saúde do Estudante, localizado no Centro de Educação de Jovens e Adultos (Cesas), na Asa Sul, tem sido referência em atendimentos de oftalmologia e fonoaudiologia, além de promover programas de saúde mental e enfermagem escolar, tudo oferecido gratuitamente. O espaço recebe, diariamente, dezenas de estudantes da rede pública de ensino do Distrito Federal.  

As estratégias desenvolvidas são formuladas e executadas pela Gerência de Projetos de Saúde do Estudante, da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), que possui como objetivo propor e executar ações de saúde destinadas aos discentes da rede pública. A diretora de Atendimento e Apoio à Saúde do Estudante, da SEEDF, Larisse Cavalcante, destacou a relevância de ter um espaço destinado a atuar com diferentes temáticas envolvendo o bem-estar dos alunos.

“É fundamental. A aprendizagem e o desenvolvimento de habilidades escolares têm como condição o desenvolvimento integral dos estudantes. Nesse espaço, são ofertados gratuitamente os cuidados referentes à saúde visual, auditiva e fonoaudiológica, além da saúde mental. A perspectiva pedagógica e de educação em saúde balizam todos os projetos que têm como fundamento o Programa Saúde nas Escolas”, afirma Larisse.

O programa de saúde mental do estudante possui vários projetos, entre eles, “Acolhendo corações jovens: diálogos em saúde mental”; “Livres da fumaça – Prevenção ao uso de dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs)”; “Ciranda do coração; “Falando disso! Caminhos para prevenção a violência de gênero”; “Falando disso! Caminhos para uma infância segur”a e “Acolhimento e posvenção ao suicídio”. 

Larisse Cavalcante explica que falar sobre saúde mental com a comunidade escolar se tornou importante. “Os processos de adoecimento psíquico intensificaram-se após a pandemia; e, apesar de não ofertarmos um atendimento clínico, o acolhimento psicológico, a escuta especializada e a parceria com os demais órgãos e secretarias têm sido essenciais para apoiar nossos estudantes”.

Foco no estudante 

Há também o programa de fonoaudiologia, que faz triagens fonoaudiólogas escolares com estudantes da educação infantil e das séries iniciais do ensino fundamental. Exemplo disso é o projeto Caminhos da Voz, com atendimentos em grupo aos estudantes a partir das alterações verificadas nas triagens. Já o projeto Fono em Cartaz contém palestras informativas voltadas para os educadores com o intuito de desenvolver estratégias de apoio a estudantes com dificuldades de linguagem oral, escrita e também audição.

O programa de oftalmologia Novo Olhar recebe, diariamente, estudantes para a exames oculares e entrega de óculos completos, com armação e lente, gratuitamente. Além das consultas, a ação também promove oficinas de teste de acuidade visual para que técnicos oftalmológicos treinem profissionais de educação a fim de realizar uma melhor triagem dos estudantes nas escolas.

Além desses programas, a Gerência de Projetos de Saúde do Estudante também promove projetos relacionados à prevenção às infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e à gravidez na adolescência, oficinas sobre noções em primeiros-socorros e ações de combate à dengue. O contato para participar desses projetos é feito pela Coordenação Regional de Ensino (CRE), para encaminhar os alunos ou para inscrever as escolas.

Apoio que transforma vidas

Quem aproveitou a oportunidade de ficar em dia com os exames oftalmológicos e garantir óculos novos foi Marco Leite e Silva, de 44 anos. Ele estuda no Centro de Educação de Jovens e Adultos da Asa Sul (Cesas) e é considerado aluno com necessidade educacional especial (ANEE), por ter uma deficiência intelectual. Acompanhado pela mãe, Marco se mostrou muito empolgado em escolher a nova armação dos óculos e ainda elogiou a escola.

“Hoje, vim para colocar os óculos para enxergar de perto e de longe. Aí, aproveitei esse espaço do Cesas feito para esse tipo de trabalho. Eu acho muito interessante, muito tranquilo e acessível”, declarou.

A mãe do estudante, Rosana Matos, 68, agradeceu não só à escola pelo espaço, mas também ao projeto, que tem ajudado bastante no desenvolvimento do filho. “Aqui você não está pagando a armação, você está ganhando uma nova. Você vai a uma loja hoje e é um absurdo, então, às vezes, o aluno fica sem poder fazer, sem poder usar, porque é muito caro”, complementou.  

Por Gazeta do DF

Fonte Agência Brasília

Foto: Mary Leal/SEEDF