Agentes de unidades de conservação, auditores fiscais e analistas de licenciamento ambiental participaram de uma capacitação técnica sobre influenza aviária A (H5N1) e biossegurança. A formação foi promovida na quarta-feira (11) por especialistas da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) e da Secretaria de Saúde (SES-DF), com foco no reconhecimento e manejo de aves silvestres com suspeita da doença.
O objetivo do treinamento foi preparar os servidores do Instituto Brasília Ambiental para identificar sintomas da gripe aviária, especialmente em aves de vida livre, e orientar os procedimentos de notificação, reforçando a atuação integrada entre os órgãos do DF.
“Queremos sensibilizar a equipe sobre os sintomas e os cuidados necessários no manuseio de aves, com foco na biossegurança dos agentes ambientais”, explicou o veterinário Pablo Marsiaj, da Seagri, que apresentou a palestra “Detecção do vírus de influenza aviária de alta patogenicidade em ave de vida livre no DF”. Ele detalhou o cenário epidemiológico da doença no país, as espécies mais vulneráveis, os sintomas observáveis em campo e os protocolos de contenção.
Na sequência, a diretora de Saúde do Trabalhador da SES, Elaine Morelo, abordou o uso obrigatório de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), a higienização correta das mãos e a importância da notificação imediata em caso de contato com aves mortas ou com sinais clínicos. “Esse alinhamento interinstitucional, com fontes confiáveis, é essencial para orientar quem atua diretamente em áreas naturais”, pontuou.
A vice-governadora do DF, Celina Leão, destacou a importância da qualificação técnica: “É essencial que nossas equipes estejam bem informadas e unidas no trabalho de vigilância. A formação técnica é a base para garantir segurança ambiental e sanitária”. O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, reforçou: “A iniciativa fortalece nossa capacidade de prevenção e resposta rápida. A vigilância bem orientada é fundamental”.
Sintomas a serem observados em aves:
· Apatia ou fraqueza
· Incoordenação motora
· Plumagem eriçada
· Secreção nasal
· Dificuldade respiratória
· Inchaço na cabeça e pescoço
· Torcicolo (pescoço torcido ou enrijecido)
· Manchas vermelhas em regiões mais vascularizadas, como patas ou face
· Redução ou ausência de postura (em aves de produção)
A identificação de qualquer um desses sinais – bem como a morte súbita do animal, sem qualquer causa aparente – exige o isolamento imediato da área e notificação, sem manuseio direto da ave.
Servidores foram orientados a intensificar a vigilância, especialmente de aves migratórias, e a comunicar a Seagri em caso de suspeita. Os canais de contato são:
· WhatsApp: (61) 99154‑1539
· E-mail: falecomadefesa@seagri.df.gov.br
*Com informações do Instituto Brasília Ambiental
Por Gazeta do DF
Fonte Agência Brasília
Foto: Divulgação/Brasília Ambiental