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Caminhada no Parque da Cidade alerta sobre a violência de gênero

O DF se uniu, na manhã deste domingo (1°/12), a cerca de 100 cidades do Brasil e do exterior que participaram da 7ª edição da Caminhada pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas

O Parque da Cidade Sarah Kubitschek recebeu, na manhã deste domingo (1°/12), a 7ª edição da Caminhada pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas, organizada pelo Grupo Mulheres do Brasil. O evento ocorreu em cerca de 100 cidades do país e do exterior, a fim de alertar para os altos índices de violência de gênero. As atividades começaram por volta das 8h, no Estacionamento 13, embaladas pelo som da banda feminina de percussão Batalá.

Em 2023, o Brasil registrou o maior número de feminicídios desde a tipificação do crime, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. No Distrito Federal, o total de mulheres assassinadas chegou a 31, segundo o painel da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), maior índice registrado desde 2015. Neste ano, já foram 21 casos.

Parte da organização do evento, a advogada Tatyanna Costa Zanlorenci falou sobre a importância de eventos como a caminhada. “É preciso juntar as mulheres, e também os homens, para tratar sobre esse assunto que atinge todo mundo. Nosso maior sonho é que 2025 seja um ano sem feminicídio. Seria a nossa maior vitória”, afirmou.

Vítima de violência doméstica, Tatyanna dá palestras sobre o tema. “É preciso acender um alerta. Às vezes, no início da relação a gente não consegue perceber, porque estamos apaixonadas e tudo são flores, mas os sinais sempre aparecem. A gente precisa cair fora”, declarou a advogada.

Diretora do Lokas MC, motoclube exclusivamente feminino, Iris Souza de Araújo marcou presença no evento com as companheiras. “Os casos de violência contra a mulher estão aumentando de forma intensa, precisamos apoiar a causa. Mexeu com uma, mexeu com todas”, exclamou a motoqueira. “A gente precisa fazer mais campanhas como essa e lutar pelos nossos direitos”, complementou.

A empresária Ana Cláudia Ferreira, 54, foi acompanhada do marido José Carlos, 66, para a caminhada. “Viemos fazer propaganda mesmo. Já tirei fotos e postei no grupo, no Instagram, no Facebook. Precisamos conscientizar as pessoas”, defendeu a moradora de Ceilândia. “Eu apoio demais minha esposa”, disse José Carlos. “Fiz questão de acordar cedo e vir com ela”, disse o aposentado.

A caminhada faz parte da campanha 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, que busca conscientizar a população sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres em todo o mundo. Trata-se de uma mobilização anual, empreendida por diversos representantes da sociedade civil e do poder público.

Por Isabela Berrogain do Correio Braziliense

Foto: Isabela Berrogain/CB/D.A Press / Reprodução Correio Braziliense

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