Há 128 dias sem chuva, Brasília enfrenta a pior seca em 14 anos

Apesar dos 128 dias sem chuva no Plano Piloto, o recorde histórico permanece com 163 dias sem precipitações, registrado no ano de 1973

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A Estação Meteorológica do Paranoá registrou nesta quinta-feira (29/8), uma temperatura mínima de 14°C, com previsão máxima prevista de 29°C. A umidade relativa do ar, que pela manhã estava em 85%, deve cair para 25% durante a tarde, colocando a capital sob aviso amarelo de baixa umidade. Brasília vive um período crítico de estiagem, o mais severo em 14 anos, são 128 dias sem precipitações no Plano Piloto, de acordo com o meteorologista Cleber Souza, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). 

Não há previsão de chuvas no DF  até outubro ou novembro, de acordo com Souza. “Esperamos que não passe desse ponto”, comenta o meteorologista. Com a chegada de setembro, as temperaturas devem continuar a subir, acompanhando a transição do inverno para a primavera, o que poderá intensificar ainda mais a sensação de calor e a baixa umidade do ar.

Segundo Cleber Souza, o clima em Brasília permanece estável, com predominância de sol nas manhãs e poucas nuvens durante as tardes. A boa notícia é que as fumaças, que incomodaram a população nos últimos dias, começaram a se dissipar, devido aos ventos vindos do Leste e Nordeste. “Praticamente, já melhorou bastante”, afirmou o especialista, destacando que, segundo o Instituto Brasília Ambiental (IBRAM), a qualidade do ar agora apresenta um nível considerado bom.

Cuidados

Por conta da baixa umidade, vale tomar alguns cuidados para evitar problemas de saúde: manter boa hidratação, umedecer periodicamente as narinas e os olhos com soro fisiológico, utilizar umidificador, baldes ou bacias com água ou panos molhados para elevar a umidade, não praticar atividades físicas no período de calor, dar preferência a refeições leves e se proteger do sol. Além disso, é preciso ter atenção ao manuseio de fogo, para evitar incêndios e queimadas.

Por Davi Cruz do Correio Braziliense

Foto: Ed Alves/CB / Reprodução Correio Braziliense