Projetos individuais e coletivos atuam para minimizar a fome no DF

“Tio Marmita”, “Projeto Dividir”, “Marmita Solidária GLMDF” e “Projeto S de Solidário” são alguns dos exemplos

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A repercussão do vídeo em que o empresário bolsonarista Cássio Joel Cenali, na cidade de Itapeva (SP), que, no mês passado, negou doar marmita a uma idosa em vulnerabilidade gerou desconfiança sobre projetos sociais que entregam comida.

Existem, em Brasília, iniciativas que buscam levar assistência a pessoas em situação de rua que garantem que não veem corrente partidária para colaborar com quem precisa. Entre os exemplos, estão as iniciativas do “Tio Marmita”, “Projeto Dividir”, “Marmita Solidária GLMDF” e “Projeto S de Solidário” são alguns dos exemplos de projetos sociais com real impacto na comunidade do DF.

Há sete anos, Adenilson Cruz, de 44 anos, distribui marmitas em Brasília e no entorno do DF.

Conhecido como Tio Marmita, produz, todos os dias, 400 marmitas e faz todo o trabalho sozinho, desde a confecção até a distribuição. 

Quando começou, em 2015, Adenilson vendia as marmitas para quem podia e doava para quem precisava.

Porém, em 2020, o início da pandemia de Covid-19 e o aumento do número de moradores de rua o impulsionaram a criar o Instituto e doar integralmente todas as marmitas. 

Adenilson conta que o Instituto nasceu da vontade de ajudar pessoas.

“Eu sempre tive no meu coração o querer ajudar as pessoas.[…] A cada dia que eu entrego uma marmita, eu vejo a gratidão das pessoas e tenho mais vontade e disposição de ajudar”.

S de Solidário

O projeto surgiu em maio de 2020, de um grupo de amigos do Serviço Brasileiro de apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

O intuito era ajudar as pessoas de rua e contribuir com o Ponto Gourmet, um pequeno restaurante que fornecia as refeições do Sebrae, mas se encontrava fechado por causa da pandemia.

As marmitas são confeccionadas pelo Ponto Gourmet, compradas pelo grupo S de Solidário e distribuídas todos os sábados em comunidades carentes.

As comunidades beneficiadas são Monjolo e Favelinha na Ceilândia, Santa Luzia, Estrutural e Buracão, no SIA. Além de fazerem um revezamento entre essas comunidades, o Grupo S de Solidário também realiza doações em comunidades específicas, caso haja indicações.

Além de marmitas, o grupo também realiza campanhas de doações de brinquedos, cobertores e arrecadação de cestas básicas. As pessoas podem realizar doações em dinheiro, se voluntariar e participar de campanhas de arrecadações de produtos específicos.

Projeto Dividir

O Projeto Dividir começou no início da pandemia. Com o intuito de diminuir prejuízos sociais e econômicos da crise causados pelo coronavírus e dar assistência a pessoas em situação de vulnerabilidade. 

O projeto distribui marmitas para pessoas necessitadas e ajuda pequenos produtores agrícolas. A produção das quentinhas é realizada às terças e sextas feiras, a partir das 14h. Além da doação de marmitas, eles também fazem um almoço beneficente aos domingos  a cada 15 dias e ainda realizam a entrega de cestas básicas e cestas com produtos orgânicos. 

Contato para doações: @projetodividir no instagram; PIX: (61)99559-0180. https://www.catarse.me/projetodividir

Marmita Solidária GLMDF

O Marmita Solidária GLMDF surgiu em 2020 durante o início da pandemia com o intuito de alimentar a população vulnerável do DF. A iniciativa reúne voluntários de várias regiões administrativas. Ao todo, o projeto Marmita Solidária já entregou mais de 103 mil refeições à população do DF.

Durante a semana são arrecadados alimentos, dinheiro e mão de obra e no sábado ocorre a confecção de centenas de marmitas. Estas são distribuídas a mais de 20 instituições que entregam-nas para pessoas necessitadas.  

A fome no País

Em 2022 o Brasil entrou novamente para o mapa da fome, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). A porcentagem de pessoas que têm fome ou insegurança alimentar está acima da média mundial; a fome crônica no Brasil atingiu, em 2022, 4,1%. 

Segundo a Vigisan (Inquérito de Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19), a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e as POF (Pesquisas de Orçamento Familiares), a fome no Brasil voltou a subir desde 2018 e teve uma alta expressiva no 1º ano da pandemia de Covid-19. Em 2022, o índice estacionou nos 33 milhões de pessoas em condições graves de fome. 

Serviço

Adenilson Cruz – Contato para doações: (61) 98590-1592 ou @institutoadenilsoncruz no instagram. 

Marmita Solidária – Para colaborar com o projeto, você pode se oferecer como voluntário, doar alimentos ou dinheiro pelo PIX: 43.660.382/0001-92 (CNPJ). 

Contato: (61)99605-2731; contato@glmdf.org.br ou @marmitasolidariaglmdf no instagram.

S de Solidário – Contato para doações: @sdesolidario no Instagram. PIX: sdesolidario@gmail.com / Conta bancária: Agência: 1004-9 ; Conta: 122140-0 (Banco do Brasil).

Por André Araújo, Henrique Fregonasse, Luana Nogueira e Maria Rebeca Ângelo
Agência de Notícias do CEUB/Jornal de Brasília via Redação do Jornal de Brasília com informações de Sandra Barreto

Foto: Agência Brasil / Reprodução Agência Brasília