Na tarde de segunda-feira (16), o jardim do Hospital de Base foi cenário de um encontro emocionante. A paciente Maria Helena Fernandes da Silva, 71 anos, internada sob os cuidados da equipe de neurologia, recebeu visitas especiais: seus cinco netos e o fiel companheiro de quatro patas, o cãozinho Ben, da raça shih tzu.
A ação foi organizada pela equipe multidisciplinar de neurologia, que atendeu ao pedido da família. O encontro ocorreu no jardim, espaço externo da unidade, e contou com a presença dos netos Amanda, 18, Thales, 16, as gêmeas Letícia e Luana, 13, Henrique, 11, e do pequeno Ben.
O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), que administra o Hospital de Base, preconiza por um tratamento humanizado. Por isso, mais do que um gesto simbólico, a visita integra uma iniciativa voltada à valorização dos vínculos afetivos como parte do cuidado integral ao paciente.
A afasia é um distúrbio de linguagem que afeta a capacidade de se comunicar verbalmente, geralmente causado por lesões cerebrais, como um AVC. Segundo a psicóloga Nathalia Siqueira, a ligação afetiva com os netos e o pet motivou a iniciativa. “Durante uma internação prolongada, é comum o paciente ser visto apenas pela doença. A humanização resgata sua identidade, sua história e seus afetos”, explicou.
O reencontro foi marcado por abraços, lágrimas e muito carinho. O cachorrinho da família, que antes estava agitado e latindo para todos, se acalmou assim que viu Maria Helena. “Fiquei muito feliz. Ben é apaixonado por ela, vive procurando por ela em casa. Foi emocionante estarmos todos juntos. A gente se sente segura e muito feliz por esse momento”, contou a neta Amanda.
“Essa ação tem um valor imenso para nós. A gente ouve muita coisa sobre a saúde pública, mas o que estou vendo aqui é acolhimento e um cuidado muito além do esperado. Acredito que gestos assim colaboram muito para a recuperação do paciente, pois ativam memórias, lembram quem está ao nosso lado. Vejo nisso um impacto real e profundo na melhora da minha mãe”, afirma Gerson Fernandes de Andrade, filho da paciente.
*Com informações do IgesDF
Por Gazeta do DF
Fonte Agência Brasília
Foto: Divulgação/IgesDF