O papa Francisco morreu, aos 88 anos, nesta segunda-feira (21/4). O pontífice será enterrado em um caixão simples de madeira e fora do Vaticano, pela primeira vez em mais de um século. A mudança ocorre após o jesuíta argentino publicar orientações que simplificaram os ritos fúnebres.
O Vaticano informou que, após a comunicação do falecimento do Papa Francisco, o cardeal presidirá o rito de constatação da morte e o depósito do corpo no caixão. Participarão do rito o decano do Colégio Cardinalício, os familiares do pontífice, o diretor e o vice-diretor da direção de saúde e higiene do Estado da Cidade do Vaticano.
O translado do corpo do Santo Padre para a Basílica Vaticana, para a homenagem de todos os fiéis, poderá ocorrer na manhã de quarta-feira (23/4). Mais detalhes da cerimônia serão definidos e comunicados na terça-feira (22/4), após a primeira Congregação dos Cardeais. O pontífice optou pelo enterro na Igreja de Santa Maria Maior, em Roma.
Segundo o Vaticano, a tradição de ter três caixões de cipreste, chumbo e carvalho foi eliminada. “O Papa Francisco solicitou sobre a necessidade de simplificar e adaptar certos ritos para que a celebração do funeral do Bispo de Roma possa expressar melhor a fé da Igreja em Cristo Ressuscitado”, disse o Vaticano.
No ano passado, o Arcebispo Ravelli afirmou que as mudanças estabelecidas pelo papa Francisco eram importantes e observou que “o rito renovado também precisava enfatizar ainda mais que o funeral do Romano Pontífice é o de um pastor e discípulo de Cristo, e não o de uma pessoa poderosa deste mundo”.
O anúncio da morte do papa Francisco foi feito diretamente da Capela da Casa Santa Marta, pelo o cardeal Farrell. “Às 7h35 desta manhã, o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados.”
O cardeal continuou: “Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, recomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino.”
Por Aline Gouveia do Correio Braziliense
Foto: Kirill KUDRYAVTSEV / AFP / Reprodução Correio Braziliense