Fraude no Candangão: MPDFT realiza nova fase de investigação

Na ação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão no DF e em três cidades de São Paulo

Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) realizou, nesta terça-feira (11/3), a segunda fase da Operação Fim de Jogo, que investiga a manipulação em resultados de partidas do Candangão 2024. Na ação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão no DF e em três cidades de São Paulo. O foco desta operação é o time Sociedade Esportiva Santa Maria e mira suspeitos de envolvimento com fraudes e possível lavagem de dinheiro.

Entre os investigados na segunda fase estão: Dayana Nunes Feitosa, presidente do Santa Maria; Amauri Pereira dos Santos, gestor de futebol do clube à época do campeonato; Ana Paula de Oliveira e Selma Pereira Rogatto, esposa e mãe de Rogatto, respectivamente.

De acordo com a investigação, o esquema era chefiado pelo empresário William Pereira Rogatto, que aliciava atletas do Santa Maria para facilitar que o time levasse goleadas. Os resultados garantiam ganhos em apostas na internet. Rogatto foi preso em novembro, na primeira fase da operação, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde aguarda a extradição para o Brasil.

Na fase inicial da investigação, dois jogadores do Santa Maria foram apontados como participantes do esquema: Nathan Henrique Gama da Silva (lateral-direito) e Alexandre Batista Damasceno (zagueiro). Eles são suspeitos de interferir no resultado de dois jogos do Candangão 2024, nas quais o Santa Maria sofreu derrotas.  Durante a quarta rodada do campeonato, o time perdeu por 6 a 0 contra o Ceilândia. Na sexta rodada, mais uma goleada, dessa vez de 5 a 0 diante do Gama.

Em nota, a Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) afirmou que “confia nos órgãos competentes e espera que toda e qualquer coisa errada seja desvendada, e os verdadeiros responsáveis sejam punidos”.

Por Carlos Silva do Correio Braziliense

Foto: Reprodução / Reprodução Correio Braziliense