Defesa de Adriana Villela mantém confiança após suspensão de julgamento

Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, mostrou-se confiante quanto ao andamento do processo, mesmo com o voto do ministro do STJ Rogério Schietti, relator do recurso que pede a nulidade da condenação da arquiteta pelo Tribunal do Júri

A defesa de Adriana Villela, representada pelo advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, se mostrou confiante com o andamento do processo, apesar de o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Rogério Schietti, relator do pedido de anulação do julgamento realizado em 2019, ter acatado o pedido de prisão imediata da ré.

Adriana foi condenada a 61 anos e três meses de prisão por ter mandado matar os pais — o advogado e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela e a advogada Maria Carvalho Mendes Villela — e a funcionária do casal, Francisca Nascimento da Silva, em 2009. Nesta terça-feira, após mais de três horas de julgamento, o presidente da Sexta Turma do STJ, Sebastião Reis Júnior, pediu vista e a sessão foi suspensa.

Apesar do voto do relator, Kakay avaliou as justificativas dele. “O ministro Schietti, que é muito técnico, fez um voto longo para dizer diversas vezes, de diversas formas, que não está comprovada, evidentemente, a responsabilidade da Adriana, mas que ele privilegia, por uma opção pessoal, que a soberania do júri, nesse caso, deve prevalecer”, disse o advogado, acrescentando que o magistrado deixou claro que não há nenhum fundamento para dizer que Adriana é responsável pelo crime.

Kakay ressaltou a importância da linha argumentativa do ministro, ainda que contrária. Para ele, está comprovada a inocência da arquiteta. “Não me cabe aprofundar agora, porque há um pedido de vista. São cinco ministros, tem quatro esperando. Vamos aguardar o julgamento.” O defensor afirmou que fará um memorial a ser entregue a todos os ministros.

De acordo com o regimento interno do STJ, o presidente da Sexta Turma tem um prazo de 60 dias — que  pode ser prorrogado por mais 30 dias — para analisar o processo.

Por Darcianne Diogo e Letícia Guedes do Correio Braziliense

Foto: Reprodução/YouTube / Reprodução Correio Braziliense