A W3 Sul é um dos principais símbolos do comércio em Brasília, a avenida projetada por Lúcio Costa mudou do status de um “shopping a céu aberto” para o de um local que enfrentou períodos de decadência. Agora, a região comercial vive um renascimento impulsionado por projetos de revitalização, desde 2019. História que será eternizada no livro W3: o ícone do varejo no Distrito Federa, com lançamento previsto para próxima quinta-feira (21), no Palácio do Buriti, às 11h.
A relação com a produtora da obra, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL/DF), é antiga e nasceu da própria avenida. “As primeiras reuniões da CDL foram realizadas em uma sobreloja da W3”, relembra o presidente Wagner da Silveira. Hoje, a avenida abriga inúmeros lojistas associados à entidade. A CDL participou ativamente das etapas de revitalização, em parceria com o Governo do Distrito Federal (GDF). Em 2022, por exemplo, a parceria com a Secretaria de Turismo permitiu a criação de ambientes mais acolhedores por meio da instalação de painéis de grafite, iniciados na quadra 507 Sul e, posteriormente, nos becos da 506 Sul, transformando a paisagem urbana.
O objetivo da obra é preservar as memórias da avenida que simboliza não só o centro de Brasília, mas também o legado de gerações de comerciantes que contribuíram para a construção da capital. “Esta obra é a concretização de um trabalho de cinco anos. O livro mostra o percurso completo da W3 — sua criação, apogeu, decadência e revitalização. Ele conta com relatos de pioneiros e comerciantes que fizeram da W3 sua segunda casa, mostrando como foi construído o glamour da avenida em sua melhor época”, completa Silveira.
A iniciativa do livro partiu do presidente anterior, José Carlos Magalhães Pinto, inspirado por uma conversa com o governador sobre o compromisso com as obras, ainda em 2020. “A história desse livro começou quando, numa reunião com o governador, falávamos sobre as obras da W3 e ele garantiu que não iriam parar, que faria o possível para continuar, mesmo com a pandemia. Naquele momento, senti que precisávamos escrever um livro para mostrar a vontade de todos que amam Brasília e se importam com a cidade”, relembra Magalhães Pinto. “Ali no Palácio do Buriti, naquele dia, eu pensei: precisamos deixar isso para a História, registrar que, graças ao trabalho de todos nós, conseguimos, e ainda faremos muito mais. É um legado para a capital federal”, finaliza.
*Estagiária sob a supervisão de Márcia Machado
Por Fernanda Cavalcante do Correio Braziliense
Foto: Minervino Júnior/CB/D.A.Press / Reprodução Correio Braziliense