Projeto acolhe vítimas de violência doméstica do DF

A Defensoria Pública do DF firmou parceria com instituições para atuar no programa "Volte a Sorrir", que atenderá, mensalmente, cerca de 30 mulheres vítimas de violência que tenham sofrido danos bucais

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Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) firmou parceria com a Associação Brasileira de Odontologia (ABO) – Regional de Taguatinga, o Centro Universitário IESB e o CIR – Hospital Odontológico de Brasília para atuação, junto com a instituição e a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), no âmbito do programa “Volte a Sorrir”. O projeto é destinado ao tratamento e ao acolhimento de mulheres vítimas de violência doméstica que sofreram danos bucais. A expectativa é que sejam atendidas cerca de 30 mulheres por mês.

De acordo com a Portaria Conjunta nº 04, publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) em abril, a DPDF ficou incumbida de elaborar o edital de credenciamento para instituições que possuem interesse em contribuir com a melhoria da sociedade brasiliense e a recuperação da autoestima das vítimas de violência doméstica, recepcionar e acolher as mulheres, por meio da Subsecretaria de Atividade Psicossocial (Suap).

A DPDF é a responsável por realizar o cadastro e a triagem das vítimas de violência doméstica encaminhadas pela PCDF e direcionar as mulheres às instituições credenciadas para a realização do tratamento. A PCDF, por sua vez, executa a perícia odontológica nas vítimas de violência doméstica, a fim de verificar os danos provenientes das agressões.

Para a Subdefensora Pública-Geral Emmanuela Saboya, a concretização das novas parcerias no âmbito do programa “Volte a Sorrir” será fundamental para garantir a dignidade das mulheres vítimas de violência doméstica. “Essa iniciativa vai muito além das questões legais, assegurando a oportunidade de essas mulheres tratarem também os danos físicos e psicológicos ocasionados pela violência. As parcerias vão auxiliar na recuperação da autoestima e do bem-estar das vítimas”, defendeu.

A Delegada Karen Langkammer, diretora da Divisão Integrada de Atendimento à Mulher da PCDF, explica que a violência doméstica deixa marcas profundas, muitas vezes visíveis e duradouras para as mulheres. “Essa iniciativa visa não apenas reparar lesões físicas, mas também restaurar a autoestima e contribuir para a superação desse momento doloroso. Com atendimento humanizado e especializado, o objetivo é proporcionar às vítimas o cuidado que merecem, fortalecendo sua jornada de reconstrução e retomada da própria vida”, concluiu.

Por Letícia Guedes do Correio Braziliense

Foto: Divulgação/Defensoria Pública / Reprodução Correio Braziliense