Céu de Brasília amanhece tomado por fumaça e cheiro de queimadas

Focos de incêndio nos últimos dias no DF, além das queimadas registradas nas regiões Amazônica, Pantaneira e de São Paulo

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Neste domingo (25/8), quando completamos 124 dias sem chuva no Plano Piloto, os moradores do DF acordaram assustados com o cheiro de fumaça e com o céu escuro. De acordo com o Coordenador Florestal do Corpo de Bombeiro do DF, a fumaça é causada pelas dezenas de focos de incêndio nos últimos dias na capital federal, além das queimadas registradas nas regiões Amazônica, Pantaneira e de São Paulo. 

O Corpo de Bombeiros Militar de Brasília, até o momento, não divulgou nenhum foco de incêndio neste domingo, mas explicou que a fumaça é em função do fogo de sábado (24/8), quando foram atendidas 93 ocorrências em todo o DF, que totalizaram 224 hectares de área queimada. 

A meteorologista Andrea Ramos, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), explica que o cenário é favorecido pelas correntes de vento atuando no DF no momento. “O ciclone que está atuando na nossa atmosfera mantém a massa de ar seco e quente estável e mais próxima da superfície e os ventos transportam essa fumaça para a cidade toda”, explica. 

Dessa forma, enquanto os ventos espalham a fumaça por todas as regiões, a atmosfera estável dificulta a dispersão dos poluentes. A ausência de chuvas também piora a situação e o ar deve ficar mais limpo a depender dos ventos e diminuição das queimadas. 

O calor continua 

E com a fumaça dificultando ainda mais a respiração e piorando a qualidade do ar, os brasilienses podem se preparar para mais um dia quente e seco. A mínima chegou a 10ºC em Águas Emendadas e a máxima pode, novamente, chegar a 33ºC.  

A umidade relativa do ar foi de 90% pela manhã e deve ficar em torno dos 15% ao longo do dia e nos momentos mais quentes. A partir de 11h da manhã entra em vigor o alerta amarelo do Inmet, que vai até 19h, e ao meio dia começa o alerta laranja, que vai até 17h. 

Por Ailim Cabral do Correio Braziliense

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Reprodução Correio Braziliense