O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, neste sábado (24/8), que está “no pé do ministro da Agricultura”, Carlos Fávaro, e do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, para que o preço do arroz apresente uma redução. A declaração ocorreu durante comício da campanha de Guilherme Boulos (PSol), candidato à prefeitura de São Paulo.
“Eu ando brigando com Paulo Teixeira porque faz mais de dois meses que eu mandei fazer um leilão para baratear o preço do arroz nesse pais. Eu vi um pacote de 5 kg a R$ 33. Falei ‘não é possível'”.
Lula ainda citou a anulação de lotes arrematados no leilão de compra pública de arroz importado e beneficiado, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em junho. A anulação se deu por falta de capacidade financeira das empresas em honrar os compromissos.
“Não foi possível fazer a importação porque teve um erro na licitação, teve denúncia e anulamos a licitação, mas ele sabe e o ministro da Agricultura que estou no pé dele para baixar o preço do arroz porque eu disse que ia baixar o preço da picanha e a picanha baixou”, apontou.
O petista ainda citou o cenário econômico do país alegando menor taxa de desemprego dos últimos 14 anos, além de melhores salários.
“A gente está tendo o maior aumento da massa salarial; 90% das categorias profissionais fizeram acordo recebendo aumento de salário, acima da inflação. Tem gente que acha que eu não deveria dar o salário mínimo para os aposentados e eu vou continuar dando aumento de salário mínimo, porque é a melhor forma de fazer distribuição de renda. Vamos continuar gerando emprego. Vamos continuar gerando investimento”, concluiu.
No começo de maio, questionado sobre a alta dos preços do arroz e do feijão, Lula disse considerar a possibilidade de importação de arroz e feijão.
“Se for o caso para equilibrar a produção, a gente vai ter que importar arroz, a gente vai ter que importar feijão, para que a gente coloque na mesa do povo brasileiro um preço compatível com aquilo que ele ganha”, disse na data.
Por Ingrid Soares do Correio Braziliense
Foto: Divulgação/PT-SP / Reprodução Correio Braziliense