Exposta no Museu de Arte de Brasília (MAB), a obra de arte intitulada Borboletando foi construída com mil borboletas de cerâmica em uma estrutura de três metros de altura. A obra é uma construção coletiva que contou com a participação de crianças, jovens e adultos com deficiências, seja por comorbidades, seja por mobilidade ou neuro divergências.
A obra ficar exposta no museu até 28 de fevereiro de 2024 e foi desenvolvida ao longo de 22 oficinas ministradas pelo artista plástico Flavio Marzadro, que tem autismo e dislexia, e a ceramista Geusa Joseph.
Participaram das oficinas alunos do CEE 01 Gama, CEE 01 Planaltina, CEAL-LP, CEEDV, Escola Bilíngue de Taguatinga e do projeto De Olho no Lance. Os 250 participantes foram iniciados nas técnicas da cerâmica, o que permitiu darem forma às borboletas e como co-artistas da obra.
As oficinas foram pensadas como um espaço de troca onde os participantes foram acolhidos e convidados a explorar a criatividade brincando com o barro. Ali, livres para criar, deram origem às borboletas de cerâmica imprimindo rendas na argila branca, com texturas únicas, cada uma diferente da outra, refletindo a singularidade de cada ser.
Sobre os artistas
A cerâmica chegou à vida de Geusa Joseph por meio de um projeto para crianças com TDAH em Nantes (França), indicado ao seu filho em 2007. Ela ingressou no curso de cerâmica contemporânea e fez cursos de formação de técnicas ancestrais de queimas, esmaltação, pinturas naturais, dentre outros, com renomados professores na França, Peru, Paraguai e Brasil.
Italiano, Flavio Marzadro é artista, pesquisador e sociólogo formado pela Università degli Studi Di Trento (1999), com especial interesse pela sociologia da arte e mestre em arquitetura e urbanismo pelo Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Ele fez residência artística no Museo della Scienza di Trento, (Itália), na prefeitura de Paris (França) e no Museu de Arte Moderna da Bahia, em Salvador.
Por Correio Braziliense
Foto: Divulgação / Reprodução Correio Braziliense